Monday, 16 November 2009

WEBERÊS

Em "Weberês", crianças da Vila Esperança, comunidade de baixa renda do Aglomerado Barragem Santa Lúcia, em Belo Horizonte, são convidadas a registrar o cotidiano com câmeras de dispositivos móveis, como celulares e máquinas fotográficas. Das brincadeiras do século 21, surgem olhares universais, como o "Moonwalk" dos meninos e a "apresentação clássica" de um programa de TV das meninas, que podem ter sido inspirados em um video do YouTube postado no Orkut. O acesso à tecnologia cria geografias imaginárias e uma só aldeia global. As crianças da Vila abrem as portas do parque de diversão, da sala de brinquedos, mostram as ruelas, a vida dos moradores e numa sequência digna de filme de ação tentam gravar a mãe ao fogão, mas ela prefere não aparecer! Já os pequenos demostram intimidade total com as câmeras e uma postura crítica ao retratar a favela tão longe do asfalto e uma bandeira do Brasil em que se vê já desbotado o slogan Ordem e Progresso. Donos da tecnologia, os "Weberês" criam novos espaços informacionais e constroem, na leveza do olhar infantil, novas promessas de participação social.

No início tudo era uma grande bola de fogo...

Série de Reportagens na Gnews em que exploramos o conceito de interação WEB+TV.

Tuesday, 21 July 2009

Midiacídio _ o fim de um modelo de negócios

A frase que ficou martelando na cabeça depois do 4 Congresso de Jornalismo Investigativo, em São Paulo, foi "...estamos vivemos a era do midiacídio". O mestre Rosental Calmon Alves (Universidade do Texas) decretou a morte do modelo de negócios dos jornais. Rosental lembrou que é hora de salvar o jornalismo, porque os jornais, babau. A TV também não escapa. Rosental citou o George Gilder, em "Life after television" pra dizer que vai ser impossível prevalecer o atual modelo de TV depois que o computador e a TV virarem um coisa só. No futuro, o que haverá serão produtos (reportagens) adaptadas às plataformas interativas.
Taí a webreportagem do pessoal da Forum como um belo exemplo no Brasil...
Tem também o produto do JC Online, que agradou a turma da Fundación Nuevo Periodismo.
A Folha fez um especial bonito sobre o AI-5.
O Fantástico tem um programa diário feito só pra Web. O Canal F.

Wednesday, 15 July 2009

Resenha da New Yorker sobre o novo livro do Chris Anderson. Imperdível.

Monday, 05 January 2009

O Joost me mandou uma carta

Recebi uma carta do pessoal do Joost decretando a morte do software e assumindo a versão in-browse. É emocionante ver o processo de criação da web, essa coisa "compartilhada". Gente, os caras que quebraram o modelo de negócio do setor de Telecom
(via skype) escrevem para agradecer a participação e explicar por que preferiram o novo way of doing. Aqui não há know how. Todo mundo aprende junto.

A versão browser parece melhor. E por quê? Sob o ponto de vista do conteúdo, no browser não há travas. Não tem aquele negócio de o conteúdo ser barrado porque determinado canal não tem autorização para rodar content neste ou naquele país por causa justamente da legislação da transmissão a cabo, via satélite... ou seja, os concorrentes da web. O título da carta é "Por que estamos descontinuando o Software Aplicativo do Joost". E o motivo básico - segundo os caras - é que o browser oferece melhores condições para se explorar as ferramentas sociais da web junto com o video. "Ficou mais fácil", resumiram.

Disseram também a intenção deles sempre foi descontinuar a versão "software". Desnecessário dizer isso, porque sinceramente ficou parecendo uma justificativa para a falência de um modelo. Achara que eram donos de um modelo.. Posse (leia-se direito autoral) é complicado na web...Se a intenção era descontinuar, por que criaram? Por que não foram direto para a web como o DNA Stream?


"Thank you to all the Joost fans out there (...) Your feedback helps us make Joost better."