Amigos do Blog, tem algum tempo que não venho aqui, confesso, mas hoje um assunto realmente me tirou do sofá. O Facebook divulgou pela manhã os trending topics, digamos assim, da rede social em 2012. A abertura dos dados é uma mina de ouro para quem conhece a web e sabe o preço dessas informações. No Brasil, a novela Avenida Brasil ficou em primeiro lugar da lista. Nos Estados, as eleições presidenciais. Na França, o atual presidente, Hollande. Tudo bem, as eleições aqui foram municipais este ano, não se pode comparar em termos de magnitude. Mas para quem quer entender o Brasil, uma novela ser o assunto mais falado de 2012 no Facebook diz muito sobre nós. E diz muito sobre a relação dos brasileiros com a Televisão também. Outros destaques curiosos: Michel Teló (ah se eu te pego) apareceu na lista de músicas da França e não do Brasil.

Trans-Blogs - a Importância da tecnologia no Jornalismo

Fizemos essa conversa em 2010 com os alunos de Jornalismo da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Não tem como ficar de fora da tecnologia, mas é preciso saber o que dizer e mais do que nunca: CONTEXTUALIZAR a informação. Conversa maravilhosa com meu colega Chico Octavio, do Jornal O Globo, referência no Jornalismo Investigativo Brasileiro.

Women's Day / A pobreza no Brasil é feminina

1. 

Neste dia mais que especial, o 8 de Março, estar ao lado de uma pesquisadora egípcia e outra americana no Bechtel International Center, na Universidade de Stanford (onde passo meus dias desde setembro de 2010) foi uma honra. Contei um pouco da evolução do cenário de extrema pobreza no Brasil, o quanto avançamos nos últimos anos com programas de transferência de renda como o Bolsa Família. A platéia do evento ficou surpresa quando recorri às estatística para comprovar: a pobreza no Brasil é cada vez mais feminina. As famílias das comunidades carentes das grandes metrópolis, com forte presença do tráfico de drogas, são comandadas por mulheres, já que (parte d) os homens dessas comunidades têm vida curta ao se envolverem com o crime do tráfico. Elas são afro-brasileiras em sua maioria, com baixa escolaridade e seus filhos estão fora da escola. As crianças precisam ajudar a mãe e já "trabalham" desde bem pequenas. Essas guerreiras do lar sonham em ter um marido para sustentá-las, o que parece um contrasenso: são formadas por uma sociedade ainda muito machista, mas que é comandada, em cada pequeno barraco, pelas mulheres. Elas se sentem sozinhas e sonham com dias melhores para seus filhos. Os dados são da pesquisa " A nova expressão das mulheres na periferia (UFRJ)", de Heloísa Buarque de Hollanda e Cláudia Ferreira. O projeto Weberes de Jornalismo CrowdSource (veja no post anterior) busca justamente equilibrar a auto-estima dessas mães por duas vias: 1. dando emprego digno 2. criando uma conversa positiva sobre a importância delas no combate à violência nessas comunidades. Para desenvolver essa "conversa positiva", trabalhamos junto com os pesquisadores Doris da Fonseca (aqui no Brasil, Instituto Nacional de Empreendedorismo e Inovação ) e BJ Fogg (Universidade de Stanford). BJ Fogg faz um trabalho incrível na Califórnia sobre como usar a tecnologia para mudar comportamentos.

Video Art

Gostei muito da video arte que o pessoal da My Philosophy usa no site-blog deles.

Depois conto mais, mas o artista é americano, amigo das duas sócias donas da marca.

WEBERÊS

Em "Weberês", crianças da Vila Esperança, comunidade de baixa renda do Aglomerado Barragem Santa Lúcia, em Belo Horizonte, são convidadas a registrar o cotidiano com câmeras de dispositivos móveis, como celulares e máquinas fotográficas. Das brincadeiras do século 21, surgem olhares universais, como o "Moonwalk" dos meninos e a "apresentação clássica" de um programa de TV das meninas, que podem ter sido inspirados em um video do YouTube postado no Orkut. O acesso à tecnologia cria geografias imaginárias e uma só aldeia global. As crianças da Vila abrem as portas do parque de diversão, da sala de brinquedos, mostram as ruelas, a vida dos moradores e numa sequência digna de filme de ação tentam gravar a mãe ao fogão, mas ela prefere não aparecer! Já os pequenos demostram intimidade total com as câmeras e uma postura crítica ao retratar a favela tão longe do asfalto e uma bandeira do Brasil em que se vê já desbotado o slogan Ordem e Progresso. Donos da tecnologia, os "Weberês" criam novos espaços informacionais e constroem, na leveza do olhar infantil, novas promessas de participação social.

No início tudo era uma grande bola de fogo...

Série de Reportagens na Gnews em que exploramos o conceito de interação WEB+TV.

Midiacídio _ o fim de um modelo de negócios

A frase que ficou martelando na cabeça depois do 4 Congresso de Jornalismo Investigativo, em São Paulo, foi "...estamos vivemos a era do midiacídio". O mestre Rosental Calmon Alves (Universidade do Texas) decretou a morte do modelo de negócios dos jornais. Rosental lembrou que é hora de salvar o jornalismo, porque os jornais, babau. A TV também não escapa. Rosental citou o George Gilder, em "Life after television" pra dizer que vai ser impossível prevalecer o atual modelo de TV depois que o computador e a TV virarem um coisa só. No futuro, o que haverá serão produtos (reportagens) adaptadas às plataformas interativas.
Taí a webreportagem do pessoal da Forum como um belo exemplo no Brasil...

Tem também o produto do JC Online, que agradou a turma da Fundación Nuevo Periodismo.

A Folha fez um especial bonito sobre o AI-5.

O Fantástico tem um programa diário feito só pra Web. O Canal F.